Jesus Salvador


Jesus: caminho, verdade e vida

... Foi por você.
Que Eu me deixei ser tão chagado
e ferido
por isso sinta-se amado e
querido
pois é o meu amor
que cura sua dor...

(Mas Ele foi castigado por nossos crimes
e esmagado por nossas iniquidades
O castigo que nos salva pesou sobre Ele
fomos curados graças as suas Chagas)
[ Isaías 53,5]

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SANTA MISSA

GESTOS E ATUALIZAÇÕES NA STA MISSA:


NA CHEGADA: GENUFLEXÃO, COM O JOELHO DIREITO NO CHÃO
(BATER O JOELHO LEVEMENTE NO CHÃO, PARA REPRESENTAR VERDADEIRA PROSTRAÇÃO),
LEMBRANDO O QUE DIZ A SAGRADA ESCRITURA "TODO JOELHO SE DOBRARÁ.
OLHOS VOLTADOS PARA JESUS NO SANTO SACRÁRIO,

APÓS SE LEVANTAR FAZ-SE A VÊNIA PROFUNDA.

INVOCAÇÃO DA STMA TRINDADE:
EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO...

PORQUE É UM SÓ DEUS EM PESSOAS TRÊS.
A IGREJA ENTENDEU, QUE É: EM NOME DE DEUS-PAI/FILHO/ESPÍRITO SANTO.

QUANDO DIZIAMOS: EM NOME DO PAI, EM NOME DO FILHO, EM NOME DO ESPÍRITO,
PARECIA HAVER NA PRONUNCIA UMA INDIVIDUALIZAÇÃO E NÃO UMA UNIDADE.

NÃO FAZER A VÊNIA PARA O SACRÁRIO QUANDO ESSE SE ENCONTRAR NUMA DAS LATERAIS.
POIS SERIA PRECISO FAZER DUAS VEZES, UMA PARA O SACRÁRIO E UMA PARA O ALTAR, ONDE SE DÁ O SACRIFÍCIO.

A IGREJA, ENTÃO, DEFINIU DA SEGUINTE FORMA:
VÊNIA LEVE (INCLINA-SE SOMENTE A CABEÇA): NO CENTRO DO ALTAR E SEMPRE QUE POR ELE PASSAR.

PARA OS LEITORES: VÊNIA LEVE ANTES E DEPOIS DA LEITURA,

FAZER JUNTOS: O LEITOR QUE ACABOU DE PROCLAMAR E O QUE IRÁ PROCLAMAR EM SEGUIDA.

COMENTÁRIO: APENAS (1) O INICIAL, FEITO AO LADO DO AMBÃO, NUNCA NO AMBÃO
ALI SE MANIFESTA A PALAVRA.

ANTI-LITÚRGICO: DIZER CAPÍTULO E VERSÍCULO ONDE ESTÁ A PALAVRA QUE SERÁ PROCLAMADA.
DIZ-SE APENAS O LIVRO.

PORQUE O PROJETO DE DEUS SE ATUALIZA, NÃO É UMA MERA LEITURA, NÃO É UMA SIMPLES HISTÓRIA DO PASSADO.

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO: FICAMOS DE MÃOS POSTAS E COM O CORPO DIRECIONADO PARA O AMBÃO ONDE ESTÁ O EVANGELIÁRIO. (MINISTRO). ASSEMBLÉIA TAMBÉM DEVERIA MAS, POUCOS SABEM, MAS PARA O MINISTRO É UM DEVER.

PERSIGNAR-SE: TRATA-SE DE UMA ORAÇÃO: SINAL DA CRUZ TRAÇADO SOBRE A TESTA, BOCA E CORAÇÃO: LIVRA-NOS DEUS DOS NOSSOS INIMIGOS.

APÓS O SALMO E COM O COMEÇO DO CANTO DE ACLAMAÇÃO: ASSEMBLÉIA JÁ NOS COLOCAMOS DE PÉ; PARA RECEBER A MENSAGEM DE DEUS PARA NÓS.

MINISTRO: (QUANDO ESTIVER SERVINDO NO ALTAR) ELE SE LEVANTARÁ UM SEGUNDO APÓS O PADRE.

SALMO RESPONSÓRIAL: DEVEMOS CANTAR OU RESPONDER A CADA RECITAÇÃO COM FORÇA E ALEGRIA É VERDADEIRAMENTE A NOSSA RESPOSTA PARA DEUS.

RESPOSTA APÓS AS PROCLAMAÇÕES: PALAVRA DO SENHOR, NUNCA PALAVRAS. POIS DEUS TEM UMA PALAVRA, ELE É IMUTÁVEL, ELE CUMPRE SUA PROMESSA. SIMPLIFICANDO... QUANDO DIZEMOS QUE ALGUÉM DEU SUA PALAVRA; QUER DIZER QUE SE DECIDIU, ASSUMIU UM COMPROMISSO, EX: SE DISSE QUE VAI FAZER, ENTÃO É PORQUE VAI FAZER!

PODEMOS RECORDAR DA PASSAGEM QUE ESTÁ NO EVANGELHO DE JOÃO 1:

"NO COMEÇO A PALAVRA (VERBO) JÁ EXISTIA: A PALAVRA ESTAVA VOLTADA PARA DEUS, E A PALAVRA ERA DEUS".

NA ORAÇÃO DO CREIO:
VÊNIA LEVE:
CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, NASCEU DA VIRGEM MARIA, ATÉ AQUI A CABEÇA PERMANECE INCLINADA.

VÊNIA PROFUNDA: TODAS ÁS VEZES QUE O PADRE PRONUNCIAR A UNIDADE DE DEUS; OU SEJA, QUANDO O PADRE DIZ: POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.

PROSTAR-SE: QUANDO O PADRE DIZ: SANTIFICAI...

DURANTE TODA A CONSAGRAÇÃO NOSSOS OLHOS DEVEM ESTAR VOLTADOS PARA O ALTAR.

NO MOMENTO EM QUE O PADRE ERGUE A PATENA E EM SEGUIDA O CÁLICE SOMENTE O PRESBÍTERO
(OS PADRES) SE HOUVER CONCELEBRANTE PODEM ERGUER AS MÃOS EM DIREÇÃO AO CÁLICE.

MINISTRO E ASSEMBLÉIA: NÃO, FAZEM O GESTO (ESTENDER A MÃO) FAZ PARTE DO ATO DE CONSAGRAÇÃO, SOMENTE OS ORDENADOS RECEBEM ESSA AUTORIDADE PELA IGREJA, NEM MESMO OS CANDITATOS AO SACERDÓCIO.

QUANDO O PADRE VOLTA A PATENA E DEPOIS O CÁLICE SOBRE A MESA DO ALTAR, ELE FAZ UMA GENUFLEXÃO OU ( O PADRE QUE NÃO PODE POR MOTIVO DE SAÚDE) UMA VÊNIA PROFUNDA,
NESSE MOMENTO NÓS TAMBÉM NOS INCLINAMOS EM ADORAÇÃO.

DE PÉ: ANUNCIAMOS SENHOR, A VOSSA MORTE... POIS ESSE ATO SIGNIFICA IR ANUNCIAR, NÓS COLOCAMOS DE PRONTIDÃO.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA: ENFIM... DÁI-NOS PARTICPAR DA VIDA ETERNA (VÊNIA LEVE) COM A VIRGEM MARIA, OS SANTOS APÓSTOLOS (E ÁS VEZES NA FESTA DO SANTO DO DIA, OS PADRES ACRESCENTAM AQUI O NOME DO SANTO, OU DO PADROEIRO) ATÉ AQUI PERMANECE COM A CABEÇA INCLINADA).

ORAÇÃO SACERDOTAL:
POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO. NÓS RESPONDEMOS: AMÉM.
MESMO QUE O PADRE CONVIDE A REZARMOS JUNTO, NÃO FAÇAMOS, POIS NÃO SERÁ UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA.

NA VERDADE É UM ATO DE OBEDIÊNCIA AO QUE A MADRE IGREJA MANDA.
POIS NESSE CASO É (INFELIZMENTE) UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA DO PADRE.

A RAZÃO SERIA, ALGUNS PADRE, AO LONGO DO ANOS, PERCEBERAM O ESMORECIMENTO DOS FIÉIS NA PARTICIPAÇÃO DA SANTA MISSA ENTÃO QUISERM QUE ELES PARTICIPASSEM MAIS, E NÃO FICASSEM SÓ ASSISTINDO.

MAS O CORRETO É SEGUIR O VATICANO E SUAS RECOMENDAÇÕES.

ORAÇÃO DO PAI-NOSSO: QUANDO FEITA DENTRO DA MISSA, NÃO PRONUNCIAMOS NO O "AMÉM" NO FINAL.
FICA ASSIM: MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL... O PADRE CONTINUA: LIBRAI-NOS DE TODO MALES E DÁI-NOS HOJE A VOSSA PAZ...

ORAÇÃO SACERDOTAL: SENHOR JESUS CRISTO QUE DISSESTES AOS VOSSOS APÓSTOLOS...
... NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO
AQUI: NÓS RESPONDEMOS O GRANDE AMÉM.

ISSO PORQUE, APÓS O PAI NOSSO VÊM A INTERCESSÃO DO PADRE POR NÓS, É CONHECIDA COMO ORAÇÃO CONTÍNUA, O PADRE UNE A PRECE DELE A PRECE DO PRÓPRIO CRISTO.

"EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO"
AQUI O MELHOR É TER AS MÃOS POSTAS SOBRE O CORAÇÃO, POIS ESSE GESTO REPRESENTA NOSSAS PALAVRAS: ... ENTREIS EM MINHA MORADA...

COMUNHÃO: A ASSEMBLÉIA SÓ DEVE SE SENTAR APÓS O PADRE COMUNGAR.

NA FILA PARA A COMUNHÃO: FAÇA UMA VÊNIA QUANDO A PESSOA Á SUA FRENTE ESTIVER COMUNGANDO, NO MOMENTO EM QUE O MINISTRO TE APRESENTAR O CORPO DE CRISTO,

COMTEMPLE-O.

OBSERVAÇÃO: MUITOS VÃO EMBORA APÓS A COMUNHÃO, PORÉM A STA MISSA SÓ TERMINA COM A BÊNÇÃO DO PADRE, ALI ELE NÓS ENVIA PARA SERMOS EVANGELIZADORES "IDE POR TODO MUNDO...

FAÇA O SINAL DA CRUZ EM VOCÊ DIZENDO: EM NOME DO PAI/FILHO/ESPÍRITO SANTO, JUNTO COM O PADRE QUE FAZ EM DIREÇÃO A ASSEMBLÉIA.

"VÃO EM PAZ O SENHOR VOS ACOMPANHE" É O QUE PRECISAMOS TOMAR POSSE PARA VOLTAR PRA NOSSA CASA, NOSSA FAMÍLIA, PARA A NOSSA SEMANA.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quaresma preparação para a Páscoa do Senhor


O RELÓGIO DA PAIXÃO
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

18:00 hs. A PREPARAÇÃO DA PÁSCOA



Conservareis a memória daquele dia, de geração em geração. Vendo o sangue, (do cordeiro) passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor. (Ex 12, 14.13)
Onde queres que preparemos a ceia pascal? - Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos. (Mt 26, 17-18)
Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos? Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa. (Lc 22, 7-13)

Pai Nosso..., Ave Maria..., Glória ao Pai...

Pela sua dolorosa Paixão; tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Meu Jesus, perdão e Misericórdia, pelos méritos de Vossas santas Chagas.

Foi ontem à noite que se efetuou em Betânia e a última e grande refeição de Nosso Senhor e dos seus amigos, em casa de Simão, curado da lepra por Jesus e durante a qual Maria Madalena ungiu Jesus pela última vez. Judas, indignado com isso, correu a Jerusalém, onde negociou ainda uma vez com os príncipes dos sacerdotes, para entregar-lhes Jesus. Depois da refeição, voltou Jesus à casa de Lázaro e uma parte dos discípulos dirigiram-se à albergaria, situada fora de Betânia. Nicodemos veio ainda de noite à casa de Lázaro, onde teve longa conversa com o Senhor; voltou a Jerusalém antes do amanhecer, acompanhado numa parte do caminho por Lázaro.

Os discípulos já tinham perguntado a Jesus onde queria comer o cordeiro pascal. Hoje, antes da madrugada, Nosso Senhor mandou vir Pedro e João e falou-lhes muito de tudo que deviam comprar e preparar em Jerusalém; disse-lhes que, subindo o monte Sião, encontrariam um homem com um jarro de água. (Eles já conheciam esse homem, pois fora quem já na última Páscoa, em Betânia, preparara a ceia de Jesus; por isso diz S. Mateus: um certo homem). Deviam segui-lo até a casa em que morava e dizer-lhe: “ O Mestre manda avisar-te que seu tempo está perto e que quer celebrar a Páscoa em tua casa”. Deviam pedir que lhes mostrasse o Cenáculo que já estaria preparado e fazer-lhe depois todos os preparativos necessários.

QUARESMA e o seu significado

É tempo de praticar jejum/abstinência, oração e esmola.
A tentação de Jesus manifesta a maneira que o Filho de Deus tem de ser Messias o oposto da que lhe propõe Satanás e que os homens desejam atribuir-lhe. É por isso que Cristo vence o tentador por nós: "Pois não temos um sumo sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado" (Hb 4,15). A Igreja se une a cada ano, mediante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto.
É por isso que a Igreja, particularmente no advento, na quaresma e sobretudo na noite de Páscoa, relê e revive todos esses grandes acontecimentos da história da salvação no "hoje" de sua liturgia. Mas isso exige também que a catequese ajude os fiéis a se abrirem a esta compreensão "espiritual" da economia da salvação, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e no-la faz viver.
Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).


MUITA LUZ NESSA QUARESMA!!!

"LEMBRAR QUE A QUARESMA É UM TEMPO DE SACRIFÍCIO NOSSO, DEUS NÃO PRECISA DO NOSSO SACRIFÍCIO, NÃO SERÁ MAIS DEUS PELO NOSSO SACRIFÍCIO, O SACRIFÍCIO É PARA NOSSA SANTIFICAÇÃO, POIS NESSES QUARENTA DIAS TEREMOS UM EXERCÍCIO QUE NOS PREPARARÁ PARA A RESSURREIÇÃO, SÃO QUARENTA DIAS DE JEJUM E ABSTINÊNCIA PARA NOS PROVAR QUE NÃO SOMOS ESCRAVOS DE NADA, PRINCIPALMENTE NA NOSSA CARNE, É UM TEMPO PARA EM ORAÇÃO, DESCOBRIRMOS QUE O NOSSO ESPÍRITO PODE E DEVE DOMINAR A NOSSA NATUREZA HUMANA DE PECADO".

Penitência



A Penitência é a volta.

Quase todo dia a gente cai e se levanta.
Pequenas quedas e grandes tombos.
Ninguém quer ficar no chão.
A gente pisa em falso porque não enxerga bem os passos e o caminho de Jesus.
Erramos de caminho.
Atrapalhamos a caminhada uns dos outros.
Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir.
No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade.


Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações.
A confissão consiste em um sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo.
Sobre o sacramento da Confissão, devemos analisar o seguinte:

Os homens pecam.

Diz a Sagrada Escritura: "O justo cai sete vezes por dia" (Prov 24, 16). E se o próprio justo cai sete vezes, que será do pobre que não é justo?

"Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21).

"Aquele que diz que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10).


Nosso Senhor instituiu um sacramento.

Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? Nos diz São João: "Se confessarmos os nossos pecados, diz o Apóstolos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça" (1 Jo 1, 8).

Todavia, "aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia" (Prov. 38, 13). "Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer" (Ecl 17, 26).

A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento, mas foi elevada à dignidade de Sacramento por Nosso Senhor, que conhecia a fraqueza humana e desejava salvar seus filhos.

No dia da ressurreição, como para significar que a confissão é uma espécie de ressurreição espiritual do pecador, "apareceu no meio dos apóstolos... e, mostrando-lhes as mãos e seu lado... lhes disse: A paz esteja convosco. Assim como meu Pai me enviou, eu vos envio a vós. ...soprando sobre eles: recebei o Espírito Santo... Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23). O mesmo texto encontra-se em S. Mateus (Mt 28, 20).

Como tudo é claro! Nosso Senhor tinha o poder de perdoar os pecados, como se desprende de S. Mateus (Mt 9, 2-7). Ele transmite esse poder aos seus Apóstolos dizendo: "assim como o Pai me enviou", isto é, com o poder de perdoar os pecados, "assim eu vos envio a vós", ou seja, dotados do mesmo poder. E para dissipar qualquer dúvida, continua: "soprando sobre eles: Recebei o Espírito Santo..." como se dissesse: Recebei um poder divino... só Deus pode perdoar pecados: pois bem... "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23).

A conclusão é rigorosa: Cristo podia perdoar os pecados. Ele comunicou este poder aos Apóstolos e por eles aos sucessores dos Apóstolos: pois a Igreja é uma sociedade "que deve durar até o fim do mundo" (Mt 28, 20).

O livro dos Atos dos Apóstolos refere que quem se convertia "vinha fazer a confissão das suas culpas" (At 19, 18). Aqui nós começamos a refutar uma argumentação dos protestantes: cada um se confessa diretamente com Deus.





Oração

"Senhor e Mestre de minha vida,
afasta de mim o espírito de preguiça,
de abatimento, de domínio, de loquacidade,
e concede a mim, teu servo, um espírito de integridade,
de humildade, de paciência e de amor.
Sim, Senhor e Rei,
concede ver meus pecados e não julgar meus irmãos"
porque és bendito pelos séculos dos séculos. Amém.

Por que esta pequena e simples oração ocupa um lugar tão importante em toda a vida litúrgica da Quaresma? Porque enumera, de um modo singular, todos os elementos positivos e negativos do arrependimento e constitui, de algum modo, uma espécie “checking list” de nosso esforço individual de Quaresma. Este esforço aponta primeiro a nossa libertação de algumas enfermidades espirituais fundamentais que dão forma à nossa vida e que tornam virtualmente impossível para nós, inclusive, iniciar o nosso retorno para Deus.

Então, negativos:

1.Indolência
2.Desalento
3.Vanglória
4.Loquacidade (palavras vãs, inúteis)

Finalmente, a coroa e fruto de todas as virtudes, de todo o crescimento e esforço é o amor – o amor que, como temos dito, só pode ser dado por Deus – este dom que é a meta de toda a preparação e prática espiritual.

Então, Positivos:

1.Castidade
2.Humildade
3.Paciência
4.Amor.

Cultivamos o hábito de rezar antes de tomarmos decisões importantes?

Todo cristão que cultiva o hábito da oração pode testemunhar sua importância na vida cotidiana. Quando rezamos de modo correto, buscando a intimidade com Deus, permanecendo abertos a Ele, nos “conformando” em Cristo (no sentido de nos deixarmos moldar segundo seu plano de amor), a oração produz extraordinários resultados. E entre esses resultados sempre se inclui, certamente, uma orientação segura com vistas ao Bem.

Quem não tem tais preocupações, talvez creia que o bem seja uma questão de gosto e escolha pessoal. Decide sobre ele mais ou menos como seleciona uma gravata ou um perfume, desatento para o fato de que perfumes e gravatas são opções inconseqüentes, não-comparáveis com aquelas que influenciam nossas vidas e as vidas dos demais. Aquele que reza encontra o bem no Absoluto que é Deus, perante quem seus gostos se tornam relativos.

Ora, essa facilidade em identificar o Bem mediante a entrega livre, criativa e atuante ao plano de Deus (que considero entre as principais conseqüências da oração do cristão), resulta muitas vezes subestimada, mesmo entre os que têm o hábito de rezar. Será que fazemos isso, sempre, antes de tomarmos uma decisão importante, ou deixamos para rezar depois de agir, encarecendo a Deus que faça com que nossa decisão dê certo? Por outro lado, ao rezar antes da decisão, nos colocamos na atitude de quem busca apenas o bem, segundo a vontade de Deus, ou rezamos para que seja da vontade de Deus aquilo que consideramos como nosso bem?


Hoje, a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade, e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, conosco próprios e com os outros.

E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos acerca dos outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a vencer o egoísmo e orgulho, que impedem a generosidade do coração.

Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior, à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa notícia.

Jejum


Que é o jejum e como é usado como uma disciplina espiritual? A Bíblia diz em 2 Crônicas 20:3 “Então Jeosafá teve medo, e pôs-se a buscar ao Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá.”
O jejum é uma forma de demonstrar a Deus a nossa grande necessidade da Sua ajuda. A Bíblia diz em Esdras 8:21 “Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda.”
O jejum não deve ser usado para fazer uma boa impressão nos outros. A Bíblia diz em Mateus 6:17-18 “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
O jejum pode ser um simples regime alimentar. A Bíblia diz em Daniel 10:2-3 “Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas completas.”

ESMOLA

Esmola na Nova Lei

A Nova Lei pratica os atos da religião - a esmola, a oração e o jejum -, ordenando-os ao "Pai que vê no segredo", em contraste com o desejo "de ser visto pelos homens". Sua oração é o "Pai-Nosso."

Esmola forma de penitência

A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).

Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).

Esmola obra de caridade e de misericórdia

As obras de misericórdia são as ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporal consistem sobretudo em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, dar moradia aos desabrigados, vestir os maltrapilhos, visitar os doentes e prisioneiros, sepultar os mortos. Dentre esses gestos de misericórdia, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna. E também uma prática de justiça que agrada a Deus.

Quem tiver duas túnicas, reparta-as com aquele que não tem, quem tiver o que comer, faça o mesmo (Lc 3,11). Dai o que tendes em esmola, e tudo ficará puro para vós (Lc 11,41). Se um irmão ou uma irmã não tiverem o que vestir e lhes faltar o necessário para a subsistência de cada dia, e alguém dentre vós lhes disser "Ide paz, aquecei-vos e saciai-vos, e não lhes der o necessário para manutenção, que proveito haverá nisso? (Tg 2, 15-16).


A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus.

Confessar-se, por quê?

A reconciliação e a beleza de Deus


Tratemos de compreender juntos o que é a confissão: se o compreender verdadeiramente, com a mente e com o coração, sentirá a necessidade e a alegria de fazer experiência deste encontro, no qual Deus, dando-lhe seu perdão mediante o ministro da Igreja, cria em você um coração novo, põe em você um Espírito novo, para que possa viver uma existência reconciliada com Ele, consigo mesmo e com os outros, legando a ser você também capaz de perdoar e amar, além de qualquer tentação de desconfiança e cansaço.

Por que se confessar?

Entre as perguntas que meu coração de bispo se faz, escolho uma que me fazem sempre: por que há que se confessar? É uma pergunta que sempre é feita de muitas formas: por que ir a um sacerdote para dizer os próprio pecados e não se pode fazer diretamente a Deus, que nos conhece e compreende muito melhor que qualquer interlocutor humano? E, de maneira mais radical: por que falar de minhas coisas, especialmente daquelas das quais me envergonho até comigo mesmo, a alguém que é pecador como eu, e que talvez valorize de modo completamente diferente ao meu minha experiência, ou não a compreende totalmente? O que ele sabe do que é pecado para mim? Alguém acrescenta: e além disso, existe verdadeiramente o pecado, ou é só uma invenção dos sacerdotes para que nos comportemos bem?

A esta última pergunta creio que possa responder em seguida e sem temor que me desmintam: o pecado existe, e não só é mal, como faz mal. Basta ver a cena cotidiana do mundo, onde se dissipa a violência, guerras, injustiças, abusos, egoísmos, ciúmes e vinganças (exemplo deste «boletim de guerra» nos é dado hoje pelas notícias nos jornais, rádio, televisão e internet). Quem acredita no amor de Deus, além disso, percebe que o pecado é amor isolado sobre si mesmo («amor curvus», «amor fechado», diziam os medievais), ingratidão de quem responde ao amor com a indiferença e a rejeição. Esta rejeição tem conseqüências não só em quem o vive, mas também em toda a sociedade, até produzir condicionamentos e entrelaçamentos de egoísmos e de violências que se constituem em autênticas «estruturas de pecado» (pensemos nas injustiças sociais, na desigualdade entre países ricos e pobres, no escândalo da fome no mundo…). Justamente por isto não se deve duvidar em sublinhar quão grande é a tragédia do pecado e como a perda de sentido do pecado –muito diferente dessa enfermidade da alma que chamados «sentimento de culpa»– debilita o coração diante do espetáculo do mal e das seduções de Satanás, o adversário que tenta nos separar de Deus.

A experiência do perdão



O Apóstolo Paulo descreveu com precisão esta experiência: «Há em mim o desejo do bem, mas não a capacidade de realizá-lo; com efeito, eu não faço o bem que quero, mas o mal que não quero» (Romanos 7, 18s). É o conflito interior do qual nasce a invocação: «Quem me libertará deste corpo que me leva à morte?» (Romanos 7, 24).

Apesar de tudo, contudo, não creio em poder afirmar que o mundo é mau e que fazer o bem é inútil. Pelo contrário, estou convencido de que o bem existe e é muito maior que o mal, que a vida é bela e que viver retamente, por amor e com amor, vale verdadeiramente a pena. A razão profunda que me leva a pensar assim é a experiência da misericórdia de Deus que faço em mim mesmo e que vejo resplandecer em tantas pessoas humildes: é uma experiência que vivi muitas vezes, tanto dando o perdão como ministro da Igreja, como o recebendo. Há anos que me confesso com regularidade, várias vezes ao mês e com alegria de fazê-lo. A alegria nasce do sentir-me amado de modo novo por Deus, cada vez que seu perdão me alcança através do sacerdote que me dá em seu nome. É a alegria que vi sempre no rosto de quem vinha confessar-se: não o fútil sentido de alívio de quem «esvaziou o saco» (a confissão não é um desabafo psicológico nem um encontro consolador, ou não o é principalmente), mas a paz de sentir-se bem «dentro», tocados no coração por um amor que cura, que vem de cima e nos transforma. Pedir com convicção o perdão, recebê-lo com gratidão e dá-lo com generosidade é fonte de uma paz impagável: por isso, é justo e é bonito confessar-se. Queria partilhar as razões desta alegria a todos aqueles aos quais consiga chegar com esta carta.

Confessar-se com um sacerdote?


O fiel me perguntas então: por que há que se confessar a um sacerdote os próprios pecados e não se pode fazer diretamente a Deus? Certamente, a pessoa se dirige sempre a Deus quando confessa os próprios pecados. Que seja, contudo, necessário fazê-lo também diante de um sacerdote o próprio Deus nos faz compreender: ao enviar seu Filho com nossa carne, demonstra querer encontrar-se conosco mediante um contato direto, que passa por meio dos sinais e das linguagens de nossa condição humana. Assim como Ele saiu de si mesmo por nosso amor e veio a «nos tocar» com sua carne, também nós somos chamados a sair de nós mesmos por seu amor e ir com humildade e fé a quem pode nos dar o perdão em seu nome com a palavra e com o gesto. Só a absolvição dos pecados que o sacerdote te dá no sacramento pode comunicar-te a certeza interior de ter sido verdadeiramente perdoado e acolhido pelo Pai que está nos céus, porque Cristo confiou ao ministério da Igreja o poder de atar e desatar, de excluir e de admitir na comunidade da aliança (Cf. Mateus 18, 17). É Ele que, ressuscitado da morte, disse aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os reterdes, serão retidos» (João 20, 22-23). Portanto, confessar-se com um sacerdote é muito diferente de fazê-lo no segredo do coração, exposto a tantas inseguranças e ambigüidades que enchem a vida e a história. Tu sozinho não saberás nunca verdadeiramente se quem te tocou foi a graça de Deus ou tua emoção, se quem te perdoou foi tu mesmo ou foi Ele pela via que Ele escolheu. Absolvido por quem o Senhor elegeu e enviou como ministro do perdão, poderás experimentar a liberdade que só Deus dá e compreenderás porque se confessar é fonte de paz.

Um Deus próximo a nossa fraqueza

A confissão é, portanto, o encontro com o perdão divino, que nos é oferecido em Jesus e que nos é transmitido mediante o ministério da Igreja. Neste sinal eficaz da graça, encontro com a misericórdia sem fim, é-nos oferecido o rosto de um Deus que conhece como ninguém nossa condição humana e se faz próximo com terno amor. Os inumeráveis episódios da vida de Jesus nos demonstram, desde o encontro com a Samaritana à cura do paralítico, desde o perdão à adúltera às lágrimas diante da morte do amigo Lázaro... Desta proximidade terna e compassiva de Deus temos imensa necessidade, como demonstra também um simples olhar para nossa existência: cada um de nós convive com a própria fraqueza, atravessa a enfermidade, assoma à morte, adverte o desafio das perguntas que tudo isto cria no coração.

Salmo 91



Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
à sombra do Onipotente descansará.
Direi do Senhor:
Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nEle confiarei.

Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro,
e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas,
e debaixo das suas asas estarás seguro:
a sua verdade é escudo e broquel.

Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia,
nem peste que ande na escuridão,
nem mortandade que assole ao meio dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita,
mas tu não serás atingido,

Somente com os teus olhos olharás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio,
o Altíssimo é a tua habitação.

Nenhum mal te sucederá,
nem praga alguma chegará a tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
para te guardarem em todos os teus caminhos,
eles te sustentarão nas suas mãos,
para que não tropeces com o teu pé em pedra.

Pisarás o leão e o áspide,
calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Pois que tão encarecidamente me amou, também Eu o livrarei,
pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e Eu lhe responderei,
estarei com ele na angústia, livra-lo-ei e o glorificarei.
Dar-lhe-ei abundância de dias,
e lhe mostrarei a minha salvação.

Amém !

O significado das Cinzas


O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo, no livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do decreto do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou à morte todos os judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi escrita entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550 antes de Cristo) ao profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu: "Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza" (Dn 9,3). No século V antes de Cristo, logo depois da pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um jejum a todos e se vestiram de saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos retirados do Antigo Testamento demonstram a prática estabelecida de utilizar-se cinzas como símbolo (algo que todos compreendiam) de arrependimento.

O próprio Jesus fez referência ao uso das cinzas. A respeito daqueles povos que recusavam-se a se arrepender de seus pecados, apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e as cinzas. (Mt 11,21)
Já no período medieval, por volta do século VIII, aquelas pessoas que estavam para morrer eram deitadas no chão sobre um tecido de saco coberto de cinzas. O sacerdote benzia o moribundo com água benta dizendo-lhe: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás". Depois de aspergir o moribundo com a água benta, o sacerdote perguntava: "Estás de acordo com o tecido de saco e as cinzas como testemunho de tua penitência diante do Senhor no dia do Juízo?" O moribundo então respondia: "Sim, estou de acordo". Se podem apreciar em todos esses exemplos que o simbolismo do tecido de saco e das cinzas serviam para representar os sentimentos de aflição e arrependimento, bem como a intenção de se fazer penitência pelos pecados cometidos contra o Senhor e a Sua igreja. Com o passar dos tempos o uso das cinzas foi adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação de quarenta dias (excluindo-se os domingos) antes da Páscoa da Ressurreição. O ritual para a Quarta-feira de Cinzas já era parte do Sacramental Gregoriano. As primeiras edições deste sacramental datam do século VII. Na nossa liturgia atual da Quarta-feira de Cinzas, utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás" ou então "Arrepende-te e crede no Evangelho".

Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação. Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.

Finalmente, conscientes que as coisas desse mundo são passageiras, procuremos viver de agora em diante com a firme esperança no futuro e a plenitude do Céu.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cinzas



BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS NA QUARESMA

Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:

1. Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: "você é pó, e ao pó voltará" (Gn 3, 19). Somo chamado;

2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.

Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração da Palavra.

Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas através das seguintes passagens: (Nm 19; Hb 9,13); como sinal de transitoriedade (Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm 13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como sinal de penitência (Dn 9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas passagens bíblicas, prestando a atenção ao texto e seu contexto, relacionando com a vida pessoal, comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de cinzas.

OBS: FONTE - MISSAL DOMINICAL, página de 140, © Paulus, 1997


sábado, 13 de fevereiro de 2010

Treinamento de Liderança Cristã



O QUE É O TLC?

1. O que é? É uma experiência da graça de Deus que acontece em dois dias em meio a muita alegria, trabalho em grupo e oração.

Deus propõe... e chama. Ao jovem cabe dar a resposta. Como os Reis Magos, ele procura uma estrela, que, uma vez encontrada, dá sentido pleno a sua vida. São dois dias e meio nos quais se tem a oportunidade de encher a cabeça de idéias e o coração de fogo; e nos quais se pode definir uma vida pôr CRISTO LIBERTADOR.

2. O Que Pretendemos?


2.1 - No plano individual: "Que fiz por Cristo?" "Que estou fazendo por Cristo?" "Que devo fazer por Cristo?" (Santo Inácio)

2.2 - No plano comunitário: com Cristo Ver, julgar, agir. Em casa, na escola, com os amigos, na paróquia, na profissão, na vida político-social, nas distrações, com os pobres etc.

3. O Que Queremos Formar?


3.1 - Comunidades apostólicas na Pastoral da Igreja que sejam vivência evangélica nos planos humano, social, político e espiritual.

3.2 - Comunidades que:

3.2.1 - vivam a espiritualidade;

3.2.2 - formem-se intelectualmente;

3.2.3 - sejam missionárias: "Ide ... pregai o Evangelho". "Farei de vós pescadores de homens."

4. Como?


4.1 - Pelas modernas técnicas de dinâmica de grupo.

4.2 - Por meio da rica e magnífica mensagem cristã.

4.3 - Estabelecendo uma comunidade de amor em Cristo, quer dizer, Cristo vivendo, agindo e amando nos corações dos jovens.

5. Por Quê?

5.1 - Primeiramente porque é o Senhor quem chama. E quando ele chama só nos resta responder.

5.2 - Depois, porque a Igreja, por meio do papa Paulo VI, dirigindo-se aos jovens, no final do Concilio, insistiu: "Abram seus corações às dimensões do mundo. Estejam atentos aos apelos de seus irmãos. Coloquem a serviço deles as suas energias juvenis. Lutem contra o egoísmo. Não se deixem levar pelos instintos da violência e do ódio que geram as guerras com todas as suas misérias. Sejam generosos, puros, cheios de respeito e sinceridade; e, com entusiasmo, construam um mundo melhor do que o que tinham seus pais".

6. Onde?

6.1 - Em uma fazenda, casa de retiro, hotel, seminário, colégios, enfim qualquer lugar onde se possa dormir, comer e reunir os cursistas e dirigentes.

7. Quando?

7.1 - Em dois dias e meio consecutivos. De preferência, começando na sexta-feira à noite e terminando no domingo à noite.

8. Concluindo


8.1 - Quer esta experiência da graça de Deus despertar líderes para ajudar na construção do Reino de Deus, portanto líderes cristãos.

8.2 - Formar comunidades de base na Pastoral da Diocese e na CNBB que vivam intensamente a vida espiritual, intelectual e apostólica, contribuindo assim para a restauração do mundo de Cristo.

Retirado do Site do Secretáriado Nacional do TLC

Fonte: Manual do TLC - Editora Loyola
www.tlc.org.br

Campanha da Fraternidade 2010


“Fraternidade e Economia” O lema da CF será:

Por Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald na Adital.

Sob a responsabilidade do CONIC, a Campanha da Fraternidade de 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. O objetivo geral da Campanha é “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. Portanto a Campanha da Fraternidade 2010 quer unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo a paz. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.

O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Texto-base, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro “deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade”. Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. O capitalismo selvagem trabalho no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias.

Na história humana, marcada por ambições, explorações, injustiças e ganância, a Bíblia se volta decididamente para a defesa dos pobres. No âmbito social, a Bíblia nos mostra profetas acusando reis e gente poderosa que enriquece à custa do povo e não cuida bem daqueles a quem deveriam servir (Is. 3,13-15; Jr 5, 27-29: Ez 34, 2-4 etc.). No âmbito comunitário, a Bíblia fala sobre a diária do trabalhador que deve ser paga no mesmo dia, pois ele precisa disso para viver (Ex 19, 13), e ao socorro que devemos prestar aos pobres (Dt 15, 7-11). No âmbito pessoal somos chamados a evitar corrupção e desonestidade e viver a partilha no amor fraterno. As palavras de João no Evangelho de Lucas (Lc 3, 10-14) nos oferecem uma orientação clara nesta área. (cf. p.48 do Texto-Base).

O Texto-Base da Campanha deve ser um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência crítica, os temas do desenvolvimento e da justiça, da economia e da vida humana no Brasil e no mundo. Precisamos denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. A Campanha nos convida a lutar para: incluir a alimentação adequada entre os direitos previstos na Constituição Federal; erradicar o analfabetismo; eliminar o trabalho escravo; combater o trabalho infantil; conseguir uma tributação justa e progressiva; garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária.


“Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”
(Mt 6,24)

A campanha vai arrecadar doações durante a Quaresma. Os recursos serão destinados para fundos solidários que promovem o desenvolvimento de grupos e comunidades, mobilizados para buscar seu desenvolvimento local e autonomia, através de iniciativas de Economia Solidária.

Para mostrar como este tipo de fundo está promovendo tal desenvolvimento, foi apresentado o documentário Cordel dos Fundos Solidários, que conta a experiências com fundos solidários em dezenas de comunidades rurais no Estado do Paraíba, desde 1993.

Uma das principais características desta forma de alcançar recursos para promover desenvolvimento é a participação da comunidade na gestão dos recursos. São constituídas associações formadas por pessoas da comunidade local. Juntos decidem as necessidades de cada um, prestam contas, controlam os pagamentos do retorno dos empréstimos. Os recursos oferecidos podem ser em dinheiro, sementes, cisternas, animais e outros. “Se tivesse acontecido esse tipo de fundo solidário há 20, 30 anos atrás não teria tanta miséria“, diz uma liderança de uma das comunidades envolvidas na Paraíba.

Este modelo de fundos solidários já existe em muitos outros Estados, em mais de 500 comunidades. Tem o apoio de entidades com o Cáritas Brasileiras, ligada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que apóia tais ações desde a década de 80.

O documentário foi apresentado pelo representante do comitê de Fundos Solidários, que reúne entidades da sociedade civil e do governo federal, Wilson Roberto Fernandes, e também pelo representante de Cáritas Brasileira, Ademar Bertucci.

Divulgação e parceiria: Na mobilização desta campanha, as igrejas terão a parceria do movimento de economia solidária do Brasil, que reúne empreendimentos como associações e cooperativas populares, entidades de apoio e fomento e gestores públicos com políticas voltadas para a Economia Solidária.

No encontro de apresentação da campanha, a coordenação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (www.fbes.org.br ) foi representada por Schirlei da Silva. Ela explicou o estágio atual de organização do movimento social, que iniciou como fórum em 2003. Está organizado em todos os 27 estados do país e o Distrito Federal. Representa, organiza e mobiliza o movimento para demandar políticas públicas que promovam desenvolvimento sustentável e solidário.

Uma pesquisa sobre os grupos de economia solidária, realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, em 2007, revela que há pouco mais de 22 mil grupos no país. Eles serão convidados a participar da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010. Para divulgar a campanha foi produzida uma cartilha impressa, mas que também estará disponível nos sites www.fbes.org.br, e www.caritas.org.br, a partir do dia 5 de fevereiro. As cartilhas serão distribuídas nas igrejas.

Por Sergio Mariani e Mayrá Lima na Cáritas

Com o tema Economia e Vida, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano tem como um dos objetivos chamar atenção para a Economia Solidária como forma de desenvolvimento das comunidades e combate à pobreza. Para embasar a sociedade sobre o tema, a Campanha disponibilizou a cartilha “Economia Solidária: Outra Economia a Serviço da Vida”, material que será distribuído por todo o Brasil.

A cartilha surgiu do diálogo entre Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), Cáritas Brasileira, Instituto Marista de Solidariedade e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). O objetivo é trazer a Economia como algo que faz parte do nosso dia a dia como gestão da vida. Dessa forma, a Economia Solidária pode trazer soluções e apontar caminhos para que essa economia seja vitsa sob uma perspectiva humana e de cuidado com as relações sociais e o meio ambiente. “Esperamos que a publicação aproxime nosso diálogo com outros movimentos sociais e diversos atores e pessoas da sociedade”, diz a apresentação da cartilha.



São Bento

A ORAÇÃO DA MEDALHA DE S. BENTO


As letras da Medalha:

C.S.S.M.L.
N.D.S.M.D.
V.R.S.N.S.M.V.
S.M.Q.L.I.V.B.

Em Latim querem dizer:

Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas

Traduzindo para o Português:

A Cruz Sagrada seja minha luz
Não seja o dragão meu guia
Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs
É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos



ORAÇÃO DE SÃO BENTO



Dá-me, benigníssimo Jesus,
a inteligência que Te entenda,
a sabedoria que Te encontre,
o espírito que Te ame,
o ato que Te glorifique,
os ouvidos que Te ouçam,
os olhos que Te vejam,
a língua que Te louve,
a paciência que suporte os males permitidos por Ti.
Dá-me Tua presença;
dá-me a feliz ressureição, e como prêmio,
a vida eterna.
Amém!



ORAÇÃO DE S. BENTO PARA OBTER GRAÇA

Ó glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições, que nas famílias reine a paz e a tranquilidade; que se afastem de nós todas as desgraças tanto corporais como espirituais, especialmente o mal do pecado. Alcançai do Senhor a graça.....................que vos suplicamos, finalmente, vos pedimos que ao térnimo de nossa vida terrestre possamos ir louvar a Deus convosto no Paraíso. Amém.




São Bento de Núrsia – Biografia

O Patriarca dos Monges do Ocidente, nasceu por volta do ano 480 na província de Núrsia - Itália, era de uma família de alta nobreza e com uma sólida formação familiar cristã, mas renunciou os estudos superiores, escandalizado com a vida imoral que encontrou em Roma. Seu lema "ora et labora" ("reza e trabalha"), não perdeu ainda hoje a sua importância e eficácia como desafio e modelo de santidade perfeita. Durante a vida, construiu mosteiros, curou doentes, ressuscitou mortos, enfrentou tiranos e fundou a Ordem Beneditina. Iluminado por tantas graças, Bento tinha o Dom da profecia. Era sua capacidade de anunciar, com indiscutível precisão, acontecimentos futuros. A graça da compunção e o Dom das lágrimas fazia de bento um homem compassivo e profundamente orante. Como que associado ao Dom da profecia, as lágrimas lhe desciam os olhos diante das revelações que Deus o permitia receber. De sua morte, sabe-se que morreu consciente, pois sabia a hora de sua chamada e, inclusive seis dias antes, mandou preparar o seu túmulo. Doente e com o corpo abatido pelas severas penitências, dirigiu-se à Celebração Eucarística, comungou e, morreu de pé, sustentado por seus discípulos (isso por volta do ano 547). Mesmo depois de morto ainda realizou, por meio de seus filhos espirituais, uma obra civilizadora e evangelizadora colossal. O Papa Pio XII chamou-lhe, a justo título, Pai da Europa.

São Bento servia-se do sinal da cruz para fazer milagres e vencer as tentações. Daí, veio o costume muito antigo, de representá-lo com uma cruz na mão.




A Medalha de São Bento

Não é um "amuleto da sorte"; trata-se de um sacramental, isto é, um sinal visível de nossa fé.

No lado de trás da medalha São Bento é representado segurando na mão esquerda o livro da Regra que escreveu para os monges; e na outra mão, a cruz. Ao redor do Santo lê-se a seguinte jaculatória ou prece: EIUS - IN - OBITU - NRO - PRAESENTIA - MUNIAMUR ("Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte"); é representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente, ileso (ver mais abaixo).

Na frente da medalha, temos uma cruz e entre os seus braços estão gravadas as iniciais C S P B; em latim: Cruz Sancti Patris Benedicti ("Cruz do Santo Pai Bento").

Na haste vertical da cruz lêem-se as iniciais: C S S M L (Crux Sacra Sit Mihi Lux) em portugues: "A cruz sagrada seja minha luz".

Na haste horizontal lêem-se as iniciais: N D S M D (Non Draco Sit Mihi Dux) em portugues: "Não seja o dragão meu guia".

No alto da cruz está gravada a palavra PAX ("Paz"), que é lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo: I H S.

A partir da direita de PAX estão as iniciais: V R S N S M V (Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana) em português: "Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!"

e S M Q L I V B (Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas) em português: "É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!".




MILAGRES DE SÃO BENTO

Uma taça de cristal quebrada com o sinal da Cruz

Havia um mosterio cujo abade havia falecido, e a comunidade dirigiu-se ao venerável Bento, rogando-lhe todos os monges insistentemente que os dirigisse. Ele negou-se durante muito tempo, dizendo-lhes antemão que seu modo de proceder não se ajustaria ao daqueles irmãos; mas, vencido afinal por suas insistentes súplicas, acabou por consentir.

Impôs então àquele mosteiro a observância da vida regular, não permitindo a ninguém desviar-se ou viver como antes. Os irmãos daquele mosteiro, irritados com tanta severidade, começaram por se recriminar terem-lhe pedido que os governasse, pois sua vida "torta" estava em conflito com aquele modelo de retidão. Dando-se conta de que sob o governo de Bento não mais lhes seriam permitidas coisas ilícitas, e doendo-se por terem que renunciar a seus antigos costumes, pareceu-lhes duro, por outro lado, verem-se obrigados a adotar costumes novos com seu espírito envelhecido; por tudo isso, e também porque aos depravados a vida dos bons parece algo intolerável, tramaram matá-lo. E depois de decidí-lo em conselho, puseram veneno no seu vinho.

Quando foi apresentada ao abade, ao sentar-se à mesa, a taça de cristal que continha a bebida envenenada para que, segundo o costume do mosteiro, a abençoasse, Bento, levantando a mão, fez o sinal da Cruz e com ele se quebrou a taça que ainda estava a certa distância; e de tal modo se rompeu aquela taça de morte que mais parecia que, em lugar da Cruz, fora uma pedra que a atingira. Compreendeu logo o homem de Deus que continha uma bebida de morte a taça que não podia suportar o sinal da vida. Depois disso, relembrou aos monges o que tinha dito a respeito de suas regras severas que não se adaptariam a eles, e deixou este mosteiro.


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O Corvo

Um presbítero conhecido de São Bento, obcecado pelas trevas a tal ponto que chegou a enviar de presente ao servo de Deus todo-poderoso um pão envenenado. O homem de Deus o recebeu agradecido, mas não lhe ficou oculta a peste que no pão se ocultava. Ora, acontecia que à hora da refeição costumava vir da floresta próxima um corvo, que recebia pão das mãos de Bento. Quando então chegou como de costume, o homem de Deus lançou diante do corvo o pão envenenado do presbítero, e deu-lhe esta ordem: "Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, toma esse pão e atira-o num lugar tal que não possa ser achado por ninguém". O corvo, então, de bico e asas abertos, começou a esvoaçar e a crocitar em redor do pão como se dissesse claramente que queria obedecer, mas não podia. No entanto, o homem de Deus ordenava repetidas vezes: "Leva, leva sem medo, e vai jogá-lo onde não possa ser encontrado". Finalmente, depois de hesitar por muito tempo, o corvo tomou o pão no bico e , levando-o, partiu. Ao cabo de três horas voltou sem o pão, que lançara fora, e recebeu das mãos do homem de Deus a ração costumeira.


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Benefícios da Medalha de São Bento

Surgiu por volta do ano 1647 devido ao seguinte fato:

Conta-se que feiticeiras da Baviera, acusadas de suas maldades contra o povo daquela região, confessaram ver seus feitiços inteiramente anulados pelo poder da Cruz; e que em todos os lugares, aonde estivesse a Santa Cruz, seus malefícios nunca tinham efeito. E contaram que, especialmente no Mosteiro de Metten, nunca conseguiram êxito em suas maldades e concluíam que isto se devia ao fato da existência de alguma Cruz naquele lugar.

Por causa disto, as autoridades locais foram consultar os monges da Abadia de Mette sobre o assunto. Depois de muito procurarem, localizaram de fato que o mosteiro era repleto de cruzes gravadas nas paredes e com uma inscrição acima. Era preciso descobrir o porque e por quem as cruzes foram gravadas. Suas investigações os levaram à biblioteca, a um antigo livro escrito por ordem do Abade Pedro, no ano de 1415. O livro transcrevia antiquíssimos, entre eles vários sobre a Cruz, com inúmeros desenhos a bico de pena realizados por um monge anônimo.

Um destes desenhos era justamente São Bento tendo na mão direita um bastão em forma de Cruz, e acima do bastão estava o texto: CRUX SACRA SIT MIHI LUX NO DRACO SIT MIHI DUX, e da outra mão sai uma flâmula com as frases: VADE RETRO SÁTANA NUMQUAM SUADE MIHI VANA, SUNT MALA QUAE LIBAS IPSE VENENA BIBAS (A cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia.Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos).

A medalha é eficaz no combate direto a satanás, às tentações, contra doenças e picadas de animais como cobras e na proteção de automóveis.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CRONOGRAMA DA PARÓQUIA SÃO PAULO APÓSTOLO:

P.S.P.A
Av: Ângelo Cristianini, 1419
em frente a Escola Thiago Alberione
Cidade Júlia-SP


  • Janeiro

01 Solenidade Mãe de Deus__________19h
25 Missa Conversão de São Paulo_______19h

  • Fevereiro

05 Escola da Fé________20h
06 Início da Catequese
06 Missa por Cura e Libertação_______19h
17 Missa de Cinzas________20h

  • Março

06 Missa por Cura_______19h
28 Domingo de Ramos/ Procissão______8h30m
29 Semana Santa/ Ofício das trevas_______20h
30 Semana Santa/ Terço Luminoso_________20h
31 Missa dos Santos Óleos________20h

  • Abril

01 Missa Lava-pés________20h
02 Celebração: Paixão e Morte de Jesus Cristo_________15h
03 Vigília Pascal_______19h
04 Ressureição do Senhor______8h30m____19h
10 Missa por Cura_______19h
11 Tarde de Louvor Divina Misericórdia_______15h
25a 30 Cerco de Jericó_______20h

  • Maio

01 Encerramento do Cerco de Jericó_____19h
15 Balada Católica_______19h
22 Vigília de Pentecostes_____19h (gr de oração)
23 Missa de Pentecostes______09h (setor cupecê)
23 Tarde de Pentecostes______16h
  • Junho

03 Corpus Christi_______19h
05 Missa por Cura______19h
13 Missa Santo Antônio_____18h

  • Julho

01 a 03 Tríduo de São Paulo______20h
03 Missa por Cura e Libertação______19h

  • Agosto


07 Missa por Cura e Libertação_____19h
08 a 13 Semana da Família

  • Setembro

04 Missa por Cura e Libertação______19h

  • Outubro

02 Missa por Cura e Libertação_____19h
31 Tarde de Louvor (gr de oração)

  • Novembro

02 Dia de Finados______19h
06 Missa por Cura e Libertação_____19h

  • Dezembro

04 Missa por Cura e Libertação_____19h
24 Missa Vésperas de Natal______19h30m
25 Missa de Natal_____19h
31 Missa de Ano Novo_____19h30m

13 de FEVEREIRO de 2010


VENHA PARTICIPAR
DO BARZINHO
SÁBADO (13) A PARTIR DAS 19H00
COM A SANTA MISSA
ENTRADA: 01 KILO DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL.
VENDA DE LANCHES E REFRIGERANTES.
{ A RENDA SERÁ REVERTIDA PARA A ORDENAÇÃO DO DIÁCONO FÁBIO}
VENHA LOUVAR E PARTICIPAR DESSA GRANDE FESTA!!!
03 grandes bandas católicas pra agitar a galera!
Rua Vitor Hugo da Silva, 37/ Americanópolis - 5588 0002

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Grupo de Oração: Sal da Terra



Avenida Cupêce, Paróquia Nossa Senhora Aparecida (matriz).

VENHA PARTICIPAR!!!

*Louvor
*Animação
*Oração
*Pregação
*Intercessão
*Testemunho
*E mais Louvor.

É TODA QUINTA FEIRA A PARTIR DAS 19H
COM O STO TERÇO

E ADORAÇÃO UMA QUINTA POR MÊS.

VOCÊ E TODA SUA FAMÍLIA É ESPECIAL PARA DEUS E
PARA NÓS.

VENHAM!!!

Grupo de Oração Água viva


Venha participar:

Todos os sábados as 19h

Você é nosso convidado para louvar e testemunhar as maravihas de Nosso Bom Deus.

Venha com sua família rezar e agradeçer!


Nosso endereço é: Avenida Ângelo Cristianini, 1419, Cidade Júlia (em frente a Escola Thiago Alberione)


"Venha viver a alegria de ser de Deus e de ser acolhido na casa d'Ele"


Adoração um sábado por mês.


Venha receber as bênçãos de Deus e as orações dos servos de Deus.

Coloque nas Mãos de Deus a sua vida, da sua família, suas casas, sua saúde, seus trabalhos...

E creia que Ele está cuidando de tudo!!!!!!!!!!!!!

Grupo de Oração São José, intercessor.


Quero convidá-los para participar do grupo de Oração
na Paróquia São José,
Rua: Hugo Vitor da Silva 37 Americanópolis 5588 0002
Todas as terças-feiras das 19h ás 21h30m
Com muito louvor, animação, oração, intercessão, pedidos de oração, testemunhos...
Venha rezar com sua família e receber as bênçãos de Deus sobre vocês, suas casa, seus trabalhos, suas saúdes...
Sejamos Igreja que reza uns pelos outros.
"Somos irmãos em Cristo, por tanto uma única família em harmonia e adoração".
Rezemos unidos e em comunhão com Espírito Santo!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


VOTOS DO FREI RENÊ

"Possa, eu, fazê-lO conhecido como é meu dever"(Cl. 4,4)

Frei Renê Rodrigues da Costa

A Fraternidade Missionária da Divina providência e
o Frei Renê tem a alegria de convidá-lo (a),
juntamente com a sua família para a
Celebração Eucarística onde professará os votos simples de :
castidade; obediência e pobreza.

20/02/2010
local: Paróquia Nossa Senhora do
Bom Conselho.
endereço: Rua Nossa Senhora do
Bom Conselho, 67;
bairro: Campo Limpo.
horário: 16h00m.





"Orem pelas vocações e pelo Frei Renê a Santa Igreja
agradece!!!



O que significa a Apresentação de Jesus no Templo?



Por: Prof. Felipe Aquino


A Igreja celebra no dia 2 de fevereiro a festa da Apresentação de Jesus no Templo. O Catecismo da Igreja explica este momento importante na vida do Menino Jesus:

“A apresentação de Jesus no Templo mostra-o como o Primogênito pertencente ao Senhor. Com Simeão e Ana, é toda a espera de Israel que vem ao encontro de seu Salvador. Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, “Luz das nações” e “Glória de Israel”, mas também “sinal de contradição”. A espada de dor predita a Maria anuncia esta outra oblação, perfeita e única, da Cruz, que dará a salvação que Deus “preparou diante de todos os povos”. (§529)

O Papa João Paulo II fez uma bela Catequese sobre este tema, que transcrevo aqui, retirado do jornal L’Osservatore Romano, Ed. Port. n.50, 14/12/1996, pag. 12(580)

1. “No episódio da apresentação de Jesus no Templo, São Lucas ressalta o destino messiânico de Jesus. Objetivo imediato da viagem da Sagrada Família, de Belém a Jerusalém, é, segundo o texto lucano, o cumprimento da Lei: “Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: Todo o primogênito varão será consagrado ao Senhor” e para oferecerem em sacrifício, como se diz na lei do Senhor, um par de rolas ou duas pombinhas” (Lc. 2, 22-24).Com este gesto, Maria e José manifestam o propósito de obedecer fielmente à vontade de Deus, rejeitando qualquer forma de privilégio. A vinda deles ao templo de Jerusalém assume o significado de uma consagração a Deus, no lugar da Sua presença.Induzida pela sua pobreza a oferecer rolas ou pombinhas, Maria dá na realidade o verdadeiro Cordeiro, que deverá redimir a humanidade, antecipando com o seu gesto quanto era prefigurado nas ofertas rituais da Antiga Lei.

2. Enquanto a Lei requeria apenas à Mãe a purificação após o parto, Lucas fala do “tempo da sua purificação” (Lc 2, 22), querendo, talvez, indicar ao mesmo tempo as prescrições relativas à Mãe e ao Filho primogênito.A expressão “purificação” pode surpreender-nos, porque é referida a uma Mãe que obtivera, por graça singular, ser imaculada desde o primeiro instante da sua existência, e a um Menino totalmente santo. É preciso porém, recordar que não se tratava de purificar a consciência de alguma mancha de pecado, mas somente de readquirir a pureza ritual, a qual, segundo as idéias do tempo, era atingida pelo simples fato do parto, sem que houvesse alguma forma de culpa.O evangelista aproveita a ocasião para sublinhar o vínculo especial que existe entre Jesus, enquanto “primogênito” (Lc. 2, 7.23) e a santidade de Deus, bem como para indicar o Espírito de humilde oferenda que animava Maria e José (cf. Lc. 2, 24). Com efeito, o “par de rolas ou duas pombinhas” era a oferta dos pobres (Lv. 12, 8).

3. No Templo José e Maria encontram-se com Simeão, “homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel” (Lc. 2, 25).A narração lucana nada diz do seu passado e do serviço que exerce no Templo; fala de um homem profundamente religioso, que cultiva no coração desejos grandes e espera o Messias, consolador de Israel. Com efeito, “o Espírito Santo estava nele” e “tinha-lhe… revelado… que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor” (2, 26). Simeão convida-nos a contemplar a ação misericordiosa de Deus, o Qual efunde o Espírito nos seus fiéis para realizar o Seu misterioso projeto de amor.Simeão, modelo do homem que se abre à ação de Deus, “impelido pelo Espírito” (Lc. 2, 27), vai ao Templo onde encontra Jesus, José e Maria. Tomando o Menino nos braços, bendiz a Deus: “Agora, Senhor, podes deixar o Teu servo partir em paz, segundo a Tua palavra” (Lc. 2, 29).Expressão do Antigo Testamento, Simeão experimenta a alegria do encontro com o Messias e sente ter alcançado o objetivo da sua existência; pode, então, pedir ao Altíssimo que lhe conceda a paz da outra vida.No episódio da apresentação pode divisar o encontro da esperança de Israel com o Messias. Pode-se também ver nele um sinal profético do encontro do homem com Cristo. O Espírito Santo torna-o possível, suscitando no coração humano o desejo desse encontro salvífico e favorecendo a sua realização.Nem podemos transcurar o papel de Maria, que entrega o Menino ao santo varão Simeão. Por vontade divina, é a Mãe que dá Jesus aos homens.

4. Ao revelar o futuro do Salvador, Simeão faz referência à profecia do “Servo”, enviado ao Povo eleito e às nações. A Ele o Senhor diz: “Formei-Te e designei-Te como aliança do povo e luz das nações” (Is. 42, 6). E ainda: “É pouco que sejas Meu servo para restaurares as tribos de Jacó e reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti luz das nações, a fim de que a Minha salvação chegue até aos confins da terra” (Is. 49, 6).No seu cântico Simeão inverte a perspectiva, pondo em evidência o universalismo da missão de Jesus: “Os meus olhos viram a Salvação, que preparaste em favor de todos os povos: Luz para iluminar as nações e glória de Israel, Teu povo” (Lc. 2, 30-32).Como não maravilhar-se diante de tais palavras? “O pai e a Mãe de Jesus estavam admirados com o que se dizia d’Ele” (Lc. 2, 23). Mas José e Maria, com esta experiência, compreendem de modo mais claro a importância do seu gesto de oferta: no Templo de Jerusalém apresentam Aquele que, sendo a glória do Seu povo, é também a salvação da humanidade inteira.

DO Livro: A VIRGEM MARIA - 58 CATEQUESES DO PAPA JOÃO PAULO