Jesus Salvador


Jesus: caminho, verdade e vida

... Foi por você.
Que Eu me deixei ser tão chagado
e ferido
por isso sinta-se amado e
querido
pois é o meu amor
que cura sua dor...

(Mas Ele foi castigado por nossos crimes
e esmagado por nossas iniquidades
O castigo que nos salva pesou sobre Ele
fomos curados graças as suas Chagas)
[ Isaías 53,5]

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010


“Fraternidade e Economia” O lema da CF será:

Por Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald na Adital.

Sob a responsabilidade do CONIC, a Campanha da Fraternidade de 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. O objetivo geral da Campanha é “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. Portanto a Campanha da Fraternidade 2010 quer unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo a paz. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.

O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Texto-base, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro “deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade”. Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. O capitalismo selvagem trabalho no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias.

Na história humana, marcada por ambições, explorações, injustiças e ganância, a Bíblia se volta decididamente para a defesa dos pobres. No âmbito social, a Bíblia nos mostra profetas acusando reis e gente poderosa que enriquece à custa do povo e não cuida bem daqueles a quem deveriam servir (Is. 3,13-15; Jr 5, 27-29: Ez 34, 2-4 etc.). No âmbito comunitário, a Bíblia fala sobre a diária do trabalhador que deve ser paga no mesmo dia, pois ele precisa disso para viver (Ex 19, 13), e ao socorro que devemos prestar aos pobres (Dt 15, 7-11). No âmbito pessoal somos chamados a evitar corrupção e desonestidade e viver a partilha no amor fraterno. As palavras de João no Evangelho de Lucas (Lc 3, 10-14) nos oferecem uma orientação clara nesta área. (cf. p.48 do Texto-Base).

O Texto-Base da Campanha deve ser um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência crítica, os temas do desenvolvimento e da justiça, da economia e da vida humana no Brasil e no mundo. Precisamos denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. A Campanha nos convida a lutar para: incluir a alimentação adequada entre os direitos previstos na Constituição Federal; erradicar o analfabetismo; eliminar o trabalho escravo; combater o trabalho infantil; conseguir uma tributação justa e progressiva; garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária.


“Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”
(Mt 6,24)

A campanha vai arrecadar doações durante a Quaresma. Os recursos serão destinados para fundos solidários que promovem o desenvolvimento de grupos e comunidades, mobilizados para buscar seu desenvolvimento local e autonomia, através de iniciativas de Economia Solidária.

Para mostrar como este tipo de fundo está promovendo tal desenvolvimento, foi apresentado o documentário Cordel dos Fundos Solidários, que conta a experiências com fundos solidários em dezenas de comunidades rurais no Estado do Paraíba, desde 1993.

Uma das principais características desta forma de alcançar recursos para promover desenvolvimento é a participação da comunidade na gestão dos recursos. São constituídas associações formadas por pessoas da comunidade local. Juntos decidem as necessidades de cada um, prestam contas, controlam os pagamentos do retorno dos empréstimos. Os recursos oferecidos podem ser em dinheiro, sementes, cisternas, animais e outros. “Se tivesse acontecido esse tipo de fundo solidário há 20, 30 anos atrás não teria tanta miséria“, diz uma liderança de uma das comunidades envolvidas na Paraíba.

Este modelo de fundos solidários já existe em muitos outros Estados, em mais de 500 comunidades. Tem o apoio de entidades com o Cáritas Brasileiras, ligada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que apóia tais ações desde a década de 80.

O documentário foi apresentado pelo representante do comitê de Fundos Solidários, que reúne entidades da sociedade civil e do governo federal, Wilson Roberto Fernandes, e também pelo representante de Cáritas Brasileira, Ademar Bertucci.

Divulgação e parceiria: Na mobilização desta campanha, as igrejas terão a parceria do movimento de economia solidária do Brasil, que reúne empreendimentos como associações e cooperativas populares, entidades de apoio e fomento e gestores públicos com políticas voltadas para a Economia Solidária.

No encontro de apresentação da campanha, a coordenação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (www.fbes.org.br ) foi representada por Schirlei da Silva. Ela explicou o estágio atual de organização do movimento social, que iniciou como fórum em 2003. Está organizado em todos os 27 estados do país e o Distrito Federal. Representa, organiza e mobiliza o movimento para demandar políticas públicas que promovam desenvolvimento sustentável e solidário.

Uma pesquisa sobre os grupos de economia solidária, realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, em 2007, revela que há pouco mais de 22 mil grupos no país. Eles serão convidados a participar da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010. Para divulgar a campanha foi produzida uma cartilha impressa, mas que também estará disponível nos sites www.fbes.org.br, e www.caritas.org.br, a partir do dia 5 de fevereiro. As cartilhas serão distribuídas nas igrejas.

Por Sergio Mariani e Mayrá Lima na Cáritas

Com o tema Economia e Vida, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano tem como um dos objetivos chamar atenção para a Economia Solidária como forma de desenvolvimento das comunidades e combate à pobreza. Para embasar a sociedade sobre o tema, a Campanha disponibilizou a cartilha “Economia Solidária: Outra Economia a Serviço da Vida”, material que será distribuído por todo o Brasil.

A cartilha surgiu do diálogo entre Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), Cáritas Brasileira, Instituto Marista de Solidariedade e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). O objetivo é trazer a Economia como algo que faz parte do nosso dia a dia como gestão da vida. Dessa forma, a Economia Solidária pode trazer soluções e apontar caminhos para que essa economia seja vitsa sob uma perspectiva humana e de cuidado com as relações sociais e o meio ambiente. “Esperamos que a publicação aproxime nosso diálogo com outros movimentos sociais e diversos atores e pessoas da sociedade”, diz a apresentação da cartilha.



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