Jesus Salvador


Jesus: caminho, verdade e vida

... Foi por você.
Que Eu me deixei ser tão chagado
e ferido
por isso sinta-se amado e
querido
pois é o meu amor
que cura sua dor...

(Mas Ele foi castigado por nossos crimes
e esmagado por nossas iniquidades
O castigo que nos salva pesou sobre Ele
fomos curados graças as suas Chagas)
[ Isaías 53,5]

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Rito da Santa Missa


Missal romano



Liturgia da missa



A missa, ou celebração da Eucaristia, não é a oração de um só homem, pois já não basta rezar só em casa; a igreja sempre foi e continua sendo a casa de Deus e o lugar de oração em comunidade. Jesus frequentava o Templo em Jerusalém com Maria, José e os Apóstolos. Jesus já dizia: "se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, o que seja, conseguirão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ai estou eu no meio deles" (Mt 18, 19-20).


É bom que cada fiél católico entenda bem cada parte da missa a fim de que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas só "copiam" o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo. A missa é igual para toda a Assembléia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê. Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.

O objetivo desta página é de apresentar alguns fundamentos básicos da liturgia da missa a fim de que o fiel católico tire todo o proveito espiritual que a Santa Eucaristia oferece para todos nós, a quase dois milênios a fio. O fiel católico deve ser, sobretudo, um fiel bem informado; se não nos salvarmos a culpa é nossa, já dizia São João Crisóstomo!.


PARTES DA MISSA


A missa é composta pelas seguintes etapas:

Abertura da Celebração;

Liturgia da Palavra;

Liturgia Eucarística;

Rito Final


ABERTURA DA CELEBRAÇÃO

Observando-se a Liturgia da Missa vemos que ela inicia-se com o canto e a
procissão de entrada. A seguir, o sacerdote dialoga com a comunidade,
acolhendo-a em nome de Deus. Segue-se o ato penitencial, as aclamações e
súplicas e a oração conclusiva.

Estes ritos têm por finalidade:

Reunir os fiéis, possibilitando-lhes uma comunhão;

Dispô-los a ouvir com proveito a Palavra de Deus;

E a celebrar frutuosamente a Eucaristia.

O Canto De Entrada e "Sinal da Cruz"

O canto está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação.
Quem canta, reza duas vezes.
Não é apenas para embelezar a Missa, mas para nos ajudar a rezar.
O canto de entrada deverá estar em plena sintonia com o momento litúrgico
que se celebra. Ele tem a função de:

favorecer a união dos fiéis;

Criar um clima festivo;

Introduzir o povo no mistério ou festa celebrados;

Acompanhar a procissão de entrada do celebrante e ministros.

Durante o Canto de Entrada, o celebrante que preside a Missa,
acompanhado dos Ministros ou Acólitos, dirige-se para o altar.
Faz uma inclinação profunda e depois beija o altar. O beijo tem um
endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar,
mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
A procissão de entrada deve ser solene, passando pelo meio do povo,
especialmente nos dias festivos. Neste momento o Presidente faz o sinal da cruz
e toda a Assembléia o acompanha, dizendo ao final, Amém.
A expressão "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo",
tem um sentido bíblico: não quer dizer apenas o "nome", como para nós,
ocidentais. "Nome", em sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa.
Isto significa dizer que iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda
a ação nas mãos da Santíssima Trindade.

O diálogo do Celebrante com o povo

Estabelece uma comunicação inicial, criando a comunhão.
Pela saudação, o celebrante significa à Assembléia a presença do Senhor
no meio do seu povo. A resposta é o reconhecimento desta presença.
O diálogo simboliza o mistério da Igreja reunida e vem atualizar
o encontro de Cristo com o seu povo.

Preparação Penitencial

Os fiéis, unidos pelos cantos e diálogos, conscientes de sua reunião
em Cristo e de sua presença na assembléia confessam que são pecadores
se reconciliam entre si e com Deus.



Canto do Glória

É o hino pelo qual a Igreja louva, agradece e suplica ao Pai,
ao Filho e ao Espírito Santo


Oração do dia (coleta)

O celebrante, em nome de toda a Igreja reunida, se dirige a Deus,
por intermédio de Jesus Cristo. Há sempre uma oração do dia para cada
momento litúrgico, conforme estabelece o Missal Romano, cuja versão para
a língua portuguêsa, para o Brasil, foi aprovada pela Comisssão Episcopal
de Textos Litúrgicos (CETEL), da CNBB, em uso desde 25/09/91.
A oração da coleta exprime a índole da celebração e dirige,
pelas palavras do celebrante, uma súplica a Deus Pai, por Cristo,
no Espírito Santo.

Aqui todos os fiéis oram, em silêncio, por algum tempo.
No fim da oração a Assembléia aclama com um Amém.
Em seguida todos sentam-se para ouvir com atenção a Liturgia da Palavra.

LITURGIA DA PALAVRA

A Liturgia da Palavra é composta por

Leituras: Antigo Testamento, Novo Testamento, e Evangelho.

Cânticos Interlecionais: Salmo responsorial ou canto de meditação
e Aclamação ao Evangelho.

Homilia

Profissão de Fé

Oração Universal (Prece dos Fiéis).

Através das leituras, Deus fala a seu povo. Como por tradição, o ofício de proferir as leituras não é função presidencial, mas ministerial, convém que via de regra o diácono, ou na falta dele outro sacerdote, leia o Evangelho; o leitor faça as demais leituras.

Através dos cânticos, a Assembléia responde a Deus. O salmo responsorial ou gradual é tirado do Lecionário, pois cada um de seus textos se acha diretamente ligado à respectiva leitura; assim a acolhida dos salmos depende das leituras.

O cântico de aclamação ao Evangelho é feito através do "Aleluia" ou outro canto de acordo com o tempo litúrgico, preparado pela Equipe de Liturgia. O "Aleluia" é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma

A Homilia é a explicação da Palavras do Senhor. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário ou próprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.

A Profissão de Fé é a adesão da comunidade à Palavra do Senhor. Ela tem por objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia, bem como recordar-lhe a regra da fé antes de iniciar a celebração da Eucaristia. Quando cantado, deve sê-lo por todo o povo, seja por inteiro, seja alternadamente.



LITURGIA EUCARÍSTICA

Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a ceia pascal,
que tornam continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz,
quando o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo
mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o
fizessem em sua memória.

É composta pelas seguintes partes:

Preparação dos dons;

Oração Eucarística

Ritos da Comunhão.


Preparação dos dons ou das ofertas

Na Preparação sobre as oferendas, levam-se ao altar o pão e o vinho com água,
isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos.
Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor,
que é o centro de toda a liturgia eucarística.


Oração Eucarística

Na Oração Eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra salvífica
e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo.
Pela fração do mesmo pão manifesta-se a unidade dos fiéis e
pela comunhão os fiéis recebem o Corpo e o Sangue do Senhor
como os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.

É o ponto central da ação litúrgica: é a ação de graças e consagração.

Por ela os fiéis se unem a Cristo para proclamar as maravilhas de Deus
e oferecer o verdadeiro sacrifício: oferecem o Cristo, pelo sacerdote;
e unidos a Cristo, oferecem a sim mesmos ao Pai.

Prefácio


Inicia-se pelo prefácio do celebrante, que é sempre oração de ação de graças
pela obra da salvação e de glorificação ao Pai.
O prefácio é variável e há um ou mais para cada tempo da Liturgia,
conforme o Missal Romano. Por exemplo: Prefácios do Advento, do Natal,
da Epifania, da Quaresma, da Paixão, da Páscoa, da Ascensão do Senhor,
O prefácio é um hino de "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico.
Por isso, o presidente convida a Assembléia para elevar os corações a Deus,
dizendo: "Corações ao alto!". É um hino que proclama a santidade de Deus e
dá graças ao Senhor.

O final do prefácio é sempre igual. Termina com esta
aclamação "Santo, Santo, Santo A repetição, dizendo três vezes "Santo",
é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade.
É como se dissesse que Deus é "Santíssimo".
O que o profeta Isaías quer dizer é que ele é um homem de
lábios impuros, indigno de falar em nome de Deus, e que,
no entanto, viu a glória do Senhor no templo. Por isso estava
atemorizado e dizia: "Ai de mim, estou perdido!"
Então veio um anjo e purificou os seus lábios com uma brasa viva.
Esta passagem é uma lição para nós, que participamos da Eucaristia.
Também nós somos pecadores, de lábios impuros, e estamos nos
preparando para receber o Corpo do Senhor em nossa boca.

O Missal Romano apresenta cinco Orações Eucarísticas básicas
que contemplam os seguintes aspectos:

A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos
pela comunidade. (Orações Eucarísticas I e III)

A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos
pela comunidade. Os dons apresentados, pela ação do Espírito Santo, se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas II e IV);

A ação de graças se prolonga: a criação do homem a desobediência
deste e o socorro salvífico, anunciado na esperança dos profetas,
e na encarnação do Filho de Deus, que entregou-se à morte, mas
ressuscitou glorioso, enviando o Espírito Santo
para levar à plenitude a obra da redenção
(Oração Eucarística IV, pag. 488 do Missal Romano)

A Igreja intercede pelo santo padre, pelo bispo local
e por todos os presentes (todas as Orações Eucarísticas);

A Igreja da terra se une aos santos do céu (Oração Eucarística I, pág. 469);

Os dons apresentados pela ação do Espírito Santo
se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas I e III);

A narrativa da Instituição revive a última ceia na qual
Cristo instituiu o sacramento de sua paixão e ressurreição
(todas as Orações Eucarísticas);

A Igreja rememora o oferecimento do próprio Cristo ao Pai,
recordando sua paixão, ressurreição e ascensão ao céu.
É o verdadeiro ofertório da missa (todas as Orações Eucarísticas);

As intercessões são a prece pela qual se manifesta que a celebração eucarística
é feita em união com toda a Igreja, a da terra e a do céu, pelos vivos e mortos (todas as Orações Eucarísticas);

A doxologia (forma de louvor à glória de Deus)
final é a expressão da glorificação de Deus, uno e trino, que a
comunidade ratifica (todas as Orações Eucarísticas);

A igreja reconhece a necessidade de louvar a Deus.
Este louvor leva a Igreja a ser santa
(Oração Eucarística V, página 495 do Missal Romano).

Um detalhe interessante a ser observado pela Assembléia é o anúncio,
pelo celebrante, de "Tudo isto é Mistério da Fé!",
proferido logo após a narrativa da Instituição;


O Missal Romano apresenta ainda Orações Eucarísticas para
diversas circunstâncias com Missas com crianças (I, II e III),
sobre reconciliação (I, pág 866 e II, pág 871) entre outras.

Ritos da Comunhão

Visam preparar os fiéis para receberem o corpo e o sangue do Senhor
como alimento espiritual.

Na Oração do Senhor, o Pai-Nosso, os fiéis vivenciam os seguintes aspectos:

Todos sentem com filhos do mesmo Pai que está nos céus;

Pedem o pão de cada dia e a vinda do reino de Deus;

Imploram o perdão e perdoam seus irmãos.

A seguir a Assembléia pede paz e unidade para a Igreja.
Saúdam-se todos, fraternalmente, no amor do Senhor.
No abraço da paz todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros
a paz e a caridade.
Ao término todos voltam a fazer silêncio para que haja um clima de comunhão
associado às orações do momento. Aqui o celebrante parte o pão e coloca
um pedaço no cálice, rezando em silêncio: "Esta união do corpo e do sangue de Jesus,
o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber,
nos conserve para a vida eterna!"
Enquanto isso a Assembléia canta ou recita o "Cordeiro de Deus"

A seguir o celebrante reza em silêncio:
"Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo,
que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo,
pela vossa morte destes vida ao mundo: livrai-me dos meus pecados e de
todo mal; pelo vosso corpo e pelo vosso sangue, dai-me cumprir
sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós."
ou ainda: "Senhor Jesus Cristo, o vosso corpo e o vosso sangue, que vou receber,
não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade,
sejam sustento e remédio para minha vida".

Agora temos a cumunhão propriamente dita, sendo o momento
da participação mais perfeita: comunhão com Cristo após a comunhão
com os irmãos. O sacerdote diz em voz alta: "Felizes os convidados
para a ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo".

Ao final, enquanto faz a purificação o celebrante reza em silêncio:
"Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que nossa boca recebeu.
E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno."
É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo
ou cântico de louvor.

Enquanto o celebrante comunga o corpo de Cristo,
inicia-se o canto da comunhão

RITO FINAL

Conhecido como o Rito da Bênção, é o desfecho da Santa Eucaristia.
Após os comunicados e avisos importantes a serem apresentados à comunidade
é uma boa prática que a Equipe de Liturgia indique à Assembléia
o compromisso da semana, baseada na liturgia que acaba de ser desenvolvida.

Benção final


Ao dar a bênção, o celebrante traça uma cruz sobre a Assembléia, e
todos podem inclinar a cabeça.


Não saia da igreja antes da bênção final.
A missa termina com a bênção e em seguida vem o canto final,
que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa.
E desejável também que a Assembléia só saia da igreja após a retirada do
celebrante, acólitos e ministros.


FONTE:Portal Católico

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